meditação do dia 06/12/14- A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos

Primeira leitura: Is. 30, 19-21.23-26

O profeta assegura à comunidade reunida em ação culto, depois da tribulação, a eficácia da oração feita ao Senhor.

Se souber esperar e confiar, será certamente ouvida.

A súplica a Deus não livra de dificuldades.

Mas fará experimentar a quem está atribulado a verdade do Deus do êxodo, um Deus atento, presente e atuante em favor do seu povo.

A comunidade poderá viver na presença do Senhor, que está no meio dela, e que será o seu Mestre.

Assim, não se deixará seduzir por falsas sabedorias, como acontecera muitas vezes no passado.

O ensino do Senhor não excluirá uma dura disciplina, «o pão da angústia e a água da tribulação. (v 20), como já aconteceu no deserto.

A lei de Deus já não será vista como um peso, uma imposição, mas como uma guia segura no caminho da vida (v. 22) e como experiência de verdadeira libertação e de plenitude, expressa pelas imagens da abundância de pastagens e de água.

O ensinamento divino levará a verificar como foi útil a correção divina, que não deixa o povo da aliança nas trevas da falsidade, mas o cura com a luz do seu amor (v. 26).

 

 

Salmo: Sl 146(147),1-6
R. Felizes são aqueles, que esperam no Senhor!

 

Evangelho: Mt. 9, 35 – 10, 1.6-8

Jesus prepara os Doze para a missão, fazendo-os participar da sua compaixão pelas multidões que alimenta e pelos doentes que acolhe e cura, e ensinando-os a rezar para que o Dono da messe mande trabalhadores para a sua messe.

Este mandato de oração há-de recordar aos discípulos que não são donos da messe, mas simples trabalhadores que partilham a missão que Jesus recebeu do Pai.

Por isso, não devem ser presumidos nem desanimar, porque só o Dono da messe dispõe dos tempos e da fecundidade da missão.

Depois de escolher os missionários (cf. Mt 10, 2-5), antes de os enviar, Jesus dá¬lhes instruções adequadas.

O seu campo de ação deve limitar-se a Israel.

Assim é significada a prioridade teológica de Israel enquanto povo da Promessa, que a Igreja deve respeitar.

O seu estilo de ação deve ser o de Jesus: generosidade sem medida (v. 8b), em total sintonia com o seu Mestre.

São enviados a proclamar a proximidade do reino dos céus (v. 7), a dar sinais concretos (curas, exorcismos: v. 8a) da libertação integral do homem, em nome d ‘ Aquele que realiza a vinda do reino de Deus à vida da humanidade.

 

 

Boa Nova para cada dia

“Em vosso caminho anunciai: ‘o Reino dos Céus está próximo’.
Curai os doentes,
ressuscitai os mortos,
purificai os leprosos,
expulsai os demônios.
De graça recebestes, de graça deveis dar!” (Mt 10,7-8).

 

Vemos Jesus, neste início de sua pregação do Reino dos Céus a partir de Cafarnaum, enviando seus discípulos para uma missão especial. Eles não vão apenas dizer que o Messias chegou, o que seria já uma grande notícia.Eles vão dizer o que está acontecendo no mundo com a chegada real do Messias: era o Messias quem devia inaugurar um tempo novo no mundo, o tempo do Reino dos Céus.

Para isto os discípulos darão sinais para comprovar que o Messias chegou e que o Reino dos Céus está vindo com Ele. Estes sinais tinham sido profetizados nos séculos passados. Todo o Povo Eleito os esperava.

Será assim que os discípulos farão o que deviam fazer para atender a esta espera do Povo Eleito. São precisamente o que Jesus mandou. Eles, de fato, curarão os doentes, purificarão os leprosos, expulsarão os demônios e até mesmo ressuscitarão os mortos.

Jesus e seus discípulos são assim o cumprimento das antigas profecias.

Como sabemos disto?

Na Primeira Leitura de hoje, Is 30,19-26, está dito:

19. Povo de Sião [isto é, o Povo Eleito], que habitas Jerusalém, não terás motivo algum para chorar: Ele se comoverá à voz do teu clamor; logo que te ouvir, Ele atenderá. Ora, isto se realiza em Jesus, quando faz as curas dos enfermos e manda os discípulos fazerem o mesmo. Jesus realiza esta profecia.

20b. teus olhos poderão vê-Lo,

21a. e teus ouvidos poderão ouvir a palavra de aviso atrás de ti: este é o caminho para todos, segui por ele, sem desviar-vos à direita ou à esquerda.

Isto se realiza em Jesus: Ele cura os cegos e abre os ouvidos dos surdos, ao mesmo tempo em que mostra o caminho a seguir para o Reino dos Céus.

Esta leitura de Is 30 é apenas uma das tantas profecias que em Jesus se realizaram para a Salvação do Povo Eleito. A vinda de Jesus, portanto, não foi um acontecimento isolado da história de Israel. É parte do grande Plano de Salvação de Deus a se realizar na pessoa de Jesus em sua vida terrena, chegando ao fim em sua Vinda Gloriosa no fim dos tempos.

Neste Natal a Liturgia nos lembra tudo isto, fazendo-nos entender cada vez mais com profundidade o grande Plano de Deus para a Salvação de toda a humanidade.

Olhemos o menino Jesus em sua manjedoura e consideremos, com Ele, em oração, tudo o que por meio Dele Deus planejou para nossa Salvação.

E assim nosso Natal será feliz como tantos outros no passado e muitos outros que festejaremos no futuro.

Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

 

 

Diário Espiritual

Promessas de Deus

A voz de tua súplica, ele te fará misericórdia: assim que te ouvir, ele atenderá.

 

Questionamentos:

Como é seu espírito de generosidade para com o próximo?

– Não precisa realizar milagres, mas… sua bondade é notada pelos outros?

– Sua presença é a presença de quem tem Deus no coração?

– O que faz pela Igreja?