meditação do dia 27/10/15- A dinâmica do grão de mostarda e do fermento

Evangelho Lucas 13, 18-21

Primeira leitura: Romanos 8, 18-25

A glória que se revelará em nós

Paulo abre uma maravilhosa perspectiva de futuro à vida cristã: «estou convencido de que os sofrimentos do tempo presente não têm comparação com a glória que há-de revelar-se em nós» (v. 18).

É o dom da esperança que nos ampara, no meio dos sofrimentos e lutas do caminho da vida.

«Foi na esperança que fomos salvos», diz o Apóstolo (v. 24). Fomos salvos por Cristo morto e ressuscitado. Mas as consequências da salvação ainda não se manifestaram plenamente em nós. A própria criação «se encontra em expectativa ansiosa, aguardando a revelação dos filhos de Deus» (v. 19).

A vida cristã decorre entre um “já” e um “ainda não”.

Entretanto, a ação redentora de Deus continua a realizar-se no mundo, quase sempre de modo discreto, pelo que temos dificuldade em a observar.

 

Salmo: Sl 125(126),1-6
R. Maravilhas fez conosco o Senhor!

 

Lc-13,18-211

 

Evangelho: Lucas 13, 18-21

“Com que poderei ainda comparar o Reino de Deus?” (Lc 13,20)

Notemos como Jesus se empenhava em esclarecer bem o que era o Reino de Deus que Ele anunciava. Ele queria que tanto seus discípulos como as multidões que o seguiam, tivessem a ideia mais perfeita possível sobre o Reino de Deus.

Mas a ideia de Reino de Deus é tão ampla que Jesus não esgotaria seu significado por mais comparações que desse. É assim que o encontramos comparando o Reino de Deus com várias realidades da vida comum das pessoas simples.

O modo como o Reino cresce no mundo é descrito por Jesus no evangelho com duas parábolas, uma para o homem e outra para a mulher.

Lucas gosta de anotar estas delicadezas do Senhor para com as mulheres. Isso quer dizer que o Senhor convida todos, homens e mulheres, à paciência e à esperança. O Reino de Deus parece coisa pouca, quase nada, mas encerra uma força poderosa.
No Evangelho de hoje Jesus compara o Reino de Deus à semente de mostarda: uma das menores sementes, que, uma vez germinada, cresce e dá uma planta suficientemente grande para que nela os pássaros façam ninhos.

Ele também comparou o Reino de Deus ao fermento que, em pequena porção, faz crescer a massa de farinha para fazer o pão.

A ideia que estas duas comparações nos dão é de crescimento.Crescimento do Reino de Deus de maneira ‘natural’ como é o da semente e o do fermento. E este crescimento, na parábola, é imagem da ação de Deus que faz crescer, nos corações das pessoas, seu Reino. Ele, Deus, trabalha em silêncio assim como em silêncio a semente germina e cresce, como o fermento que escondido cresce. As pessoas mal percebem isto, mas a realidade do crescimento é constatada pouco depois: o Reino de Deus aparece em seu crescimento vigoroso, sem que outros o possam destruir.

Estas comparações de Jesus enchiam as pessoas de grande admiração e alegria. Todos, no tempo de Jesus, esperavam a realização do Reino de Deus.

E nós, hoje, vemos o Reino de Deus produzindo seus efeitos na Igreja e na humanidade inteira. Grande número de pessoas levam sua vida de acordo com a vontade de Deus, e no coração de muitos reina Deus.

Embora nem todo o mundo hoje em dia se ponha sob o Reino de Deus, nós que nele cremos pedimos, como Jesus nos ensinou: “Venha a nós o Vosso Reino”.

Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

 

Com que poderei ainda comparar o Reino de Deus

 

Homilia

 

 

Mustard-Seed-Faith

 

Diário Espiritual

Comentário do dia : São Máximo de Turim

«É semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e deitou no seu quintal»

A propósito do que diz o Evangelho: «Um homem tomou-o e deitou-o no seu quintal», que homem é esse, em vossa opinião, que semeou o grão que recebeu como um grão de mostarda no seu pequeno jardim? Penso que é aquele sobre o qual o Evangelho diz: «Um membro do Conselho, chamado José, natural de Arimateia, foi ter com Pilatos, pediu-lhe o corpo de Jesus e, descendo-O da cruz, envolveu-O num lençol e depositou-O num sepulcro preparado no seu jardim» (Lc 23,50-53). É por essa razão que as Escrituras dizem: «Um homem tomou-o e deitou-o no seu jardim».

No jardim de José misturavam-se perfumes de diversas flores, mas um grão como aquele nunca lá tinha sido deitado.

O jardim espiritual da sua alma rescendia ao perfume das suas virtudes, mas Cristo ainda não tinha sido aí colocado.

Ao sepultar o Salvador no monumento do seu jardim, ele acolheu-O mais profundamente no fundo do seu coração.

 

Lucas 13, 18-21

 

Para meditar:

– Dou tempo, sou paciente, deixando que as coisas de Deus amadureçam em meu coração?

– Vivendo ainda neste mundo, em que circunstâncias o Reino de Deus já é realidade em mim?

 

Sobre mestre

Descendente de um Ronin... que através do caminho dos santos tenha chegar ao Eterno!

Publicado em 27 de outubro de 2015, em Sem categoria. Adicione o link aos favoritos. Deixe um comentário.

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